A pandemia do Coronavirus provocou um abalo na economia mundial, com repercussões maiores ou menores em cada país.

O Brasil, naturalmente, não poderia ser exceção. Aqui, fomos apanhados pela crise num momento já bastante delicado, enfrentando problemas de caráter conjuntural, mas notadamente estrutural.

A economia cachoeirense foi ainda mais sacrificada,  por estar padecendo  de um longo e antigo processo de esvaziamento.

Os benefícios fiscais da Sudene foram limitados apenas à  Região Norte do Estado do Espírito Santo, proporcionando grande desenvolvimento econômico e social a municípios como Linhares e São Mateus –  para destacar apenas  os maiores.

O Aeroporto de Linhares foi ampliado e modernizado; indústrias de grande porte se instalaram na Região Norte, inclusive fábricas de tratores, automóveis e aviões.

Enquanto isto, Cachoeiro – ao contrário –  não recebeu nenhum incentivo para atrair novos empreendimentos, e ainda perdeu algumas empresas que ofereciam expressivo número de empregos.

A explicação para esta situação caótica, aqui apresentada resumidamente, está  na gradativa e prolongada perda de influência política de Cachoeiro  e de toda a Região Sul.

Lideranças como Valadão, José Tasso e Ferraço estão saindo de cena aos poucos e novas lideranças não surgiram para ocupar o espaço deixado.

A eleição do Prefeito Victor Coelho trouxe a esperança de uma renovação de liderança política, mas seu segundo mandato caminha para o fim e não se vê no horizonte um nome qualificado e em condições de realizar um projeto de recuperação econômica do Município.

Se não houver um grande esforço dos Partidos Políticos, Entidades Empresariais  e formadores de opinião, Cachoeiro de Itapemirim continuará caminhando a passos largos para se tornar uma “cidade dormitório”.

Exagero ?  Pensem nisto!

Dr. Rômulo Louzada Bernardo

é advogado, professor emérito da FDCI e ex-Procurador Geral do Município

                                                ( )

Compartilhe

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.