Traduzir em palavras o que foi a inauguração da Nova Planta Industrial da Selita, neste último sábado, 2 de outubro de 2021, é exercício de muita observação. Sim, porque esse evento provoca em mim reações históricas e emocionais; o que devo explicar.

O aspecto histórico se deve ao fato de que, nas valiosas companhias da Assessoria de Marketing da Selita – leia-se Marcos Jacob -, do Jornalista Marcos Leão e do Fotógrafo Wallace Hull encontro-me empenhado já há algum tempo em pesquisar, apurar, documentar e narrar fatos que estão indissoluvelmente ligados à gloriosa História da Cooperativa de Laticínios Selita e que em breve serão dados a conhecer ao grande público pela via própria.

Tudo começou em 22/10/1938. Nessa data, como resultado do abnegado esforço de seus idealizadores (e que aqui, pelo comezinho motivo de restrição de espaço, os faço representar apenas pelo Sr. Djalma Eloy Hess, base sólida em cima da qual os fundamentos da Cooperativa foram lançados), foi lavrada a sua Ata de Fundação.

Primeira sede da Selita, próxima a Consolação

Recepção de leite nos primórdios da cooperativa

De lá até hoje decorreram históricos 83 anos. Uma empreitada maiúscula foi empreendida por inúmeras personalidades que se envolveram até a medula com a causa cooperativista e que ergueram os pilares sobre os quais a Selita foi erguida. Impossível, neste reduzido espaço, nominar a todos.

As reações emocionais que me envolvem derivam, em primeiro lugar, de uma relação pessoal, estreita, que mantive com tantas personalidades ao longo da pesquisa – de ex-presidentes e vice-presidentes a membros dos seus Conselhos Administrativo e Fiscal, passando por Cooperados, até funcionários categorizados e operários de chão de fábrica –  que deixaram o seu DNA em cada etapa da construção contínua da marca Selita, expressão máxima do setor de Laticínios no Estado do Espírito Santo.

Ainda na toada das coisas que me emocionam e que tocam o meu coração, dois nomes se agigantam e se tornam indispensáveis na concepção e na materialização da nova Planta Industrial da Selita: Rubens Moreira e Leonardo da Cunha Monteiro. Sem eles, sem o seu denodo e absoluto espírito de entrega, tudo, até aqui, continuaria sendo um… sonho improvável.

Rubens Moreira e Leonardo Monteiro

Por dois mandatos (2004 a 2008 e 2014 a 2018) oprimeiro ocupou a Presidência da Selita. Tempo suficiente para conhecer todos os seus meandros e concluir que a indústria e as suas diversas instalações operacionais, já não cabiam mais no espaço que ainda ocupam hoje. O outrora e performático parque industrial da Cooperativa havia sido definitivamente asfixiado pelo inexorável crescimento urbano no seu entorno.

Feitas todas as ponderações e análises possíveis para a solução do problema, restou-lhe uma única e, a princípio, desafiadora solução: a criação de um novo Parque Industrial. Local, logística, recursos financeiros, detalhados estudos técnicos e de viabilidade econômica se tornaram os desafios da vez e da hora.

Vista aérea da nova planta industrial

Nesse momento, coragem, visão de futuro com os pés no chão, aliados a sólidos conhecimentos da área de finanças, tornam-se aliados indispensáveis. E foi munido desses apetrechos e de uma determinação indomável que o precursor do projeto e equipe deflagraram o projeto de construção da nova planta industrial. Tudo foi minuciosamente concebido em exata consonância com os rigores de uma visão estratégica que contempla a poucos.

Passo seguinte, mãos à obra com fé e com força. Afinal, é com homens de boa têmpera que a História foi e continuará sendo construída pelos séculos e séculos.

No período de 2018 a 2020, João Marcos Machado assume a Presidência da Cooperativa, herda missão de importância transcendental e dá o importante e decisivo pontapé inicial para a construção da nova planta industrial, fiel a um cronograma rigorosamente traçado. Um ato de coragem e de quem acredita no futuro.

E é exatamente nesse ponto, ao término do seu mandato, que entra em cena Leonardo da Cunha Monteiro. Ele veio a substituir o Presidente anterior e está na Presidência da Selita desde 2020. Encontra-se em seu 1º mandato, que terminará em 2022.

Novo galpão impressiona pelas dimensões e exibe a identidade da tradicional cooperativa

Ao assumir a função, trouxe para si a nobre e pesada incumbência de reafirmar os alicerces da nova obra, erguê-la juntamente com um exército de colaboradores, adquirir e instalar todo o maquinário de ponta que iria constituir os seus meios de produção e deixá-la – dentro dos rigores do cronograma – no ponto de iniciar a sua produção, o que aconteceu neste tão sonhado dia 2 de outubro do ano em curso.

Dedicação absoluta, determinação e competência são as palavras que encontro para Leonardo, o nosso Leo, “tocar” a construção da nova sede e ao mesmo tempo seguir com as atribuições rotineiras e simultâneas de conduzir as atividades da Selita tradicional.  Tarefa desafiadora, porque nas duas pontas a palavra excelência nunca deixou de impor ao jovem Presidente e à sua equipe, um ritmo de trabalho e de vigilância diuturno, eficiente e cujo único resultado esperado era o sucesso ou o sucesso.

Afinal, a Selita tem como os principais fundamentos da sua existência a variada cesta de produtos lácteos que vem aprimorando ao longo das décadas e um expressivo quadro de Cooperados, hoje em torno de 1.900 fornecedores de leite – um exército fiel às suas origens rurais, que liga o campo à cidade através de um fundamento indispensável à vida de qualidade: o leite, indissociável da vida humana desde a pré-História

Caminhões manobram no novo parque, anunciando uma nova era

QUADRO INFORMATIVO SOBRE A NOVA PLANTA INDUSTRIAL DA SELITA

  • a sua nova planta industrial está localizada às margens da Rodovia BR-101 (Km 413), na localidade de São João da Lancha – próximo ao distrito de Safra, no município de Cachoeiro de Itapemirim
  • dois milhões de metros quadrados é o tamanho do terreno, que margeia o Rio Itapemirim por cerca de dois quilômetros e proporciona vista privilegiada dos principais “cartões-postais” da região: O Itabira e O Frade e a Freira
  • demandou investimentos da ordem de R$ 130 milhões e observou um contexto industrial moderno, amparado por tecnologias de ponta que irão permitir mais produtividade e eficiência nos processos de fabricação dos seus diversificados produtos
  • o seu corpo atual de funcionários é de aproximadamente 400 pessoas – mas quando se computa os empregos indiretos envolvidos na atividade, o número chega aos milhares de postos de trabalho
  • a industrialização da sua diversificada linha de produtos (mais de 80 diferentes itens) será transferida por etapas para a nova unidade industrial
  • agora, começa a linha de leite UHT, que inclui também achocolatados e creme de leite. Na fase seguinte, até dezembro, a linha de frios (queijos e manteiga) entra em produção na nova planta industrial; por último fica a transferência do processo de fabricação de leite em pó
  • na antiga sede, situada em bairro residencial densamente habitado, a produção precisa ser interrompida às 17h00; já na nova fábrica, poderá seguir de forma ininterrupta caso necessário 
  • a captação diária de leite está na ordem de 300.000 litros, mas a sua capacidade de processamento poderá ser ampliada para algo em torno de 850.000 litros/dia.
  • seus processos industriais observam de perto os mais modernos protocolos de preservação ao meio ambiente como, por exemplo, captação de água em mananciais próprios e sua devolução à natureza livre de impurezas, após criteriosos tratamentos dos seus efluentes
  • o governador Renato Casagrande considera a inauguração do empreendimento “uma manifestação de fé da Selita” no potencial do Sul do Estado e destacou a sua importância para o incentivo permanente da produção de uma região que “demanda muita necessidade de investimento”

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