Poesia
A arte provoca os sentidos, os afetos e as percepções. Concentra tudo num meio que proporciona uma experiência àqueles que se dispõem a vivenciá-la.
A poesia exige do leitor uma atenção e um tempo diferentes. Segundo o filósofo e poeta Antonio Cícero, “romper a cadeia utilitária cotidiana é quando concedemos ao poema a concentração por ele solicitada.”
Nasci Solange Moreira Casotti, sou capixaba de Cachoeiro de Itapemirim e moradora da cidade do Rio de Janeiro há mais de trinta anos. Escrevo poesia desde a adolescência. Publiquei dois livros: Ventanias (Sete Letras, 1997) e Tectônicas (Bem–Te- -Vi 2007). Escrevo blogs desde 2008. Já fiz roteiros para programas de televisão e tenho um projeto para teatro. Estou na Puc-Rio fazendo uma pós-graduação em Literatura, Arte e Pensamento Contemporâneo . Me formei em Direito na UERJ.
Sou casada com o artista plástico Guilherme Secchin, com quem tenho dois filhos. Adoro casa, família, amigos, viagens, música, comida, literatura e arte. Tenho medo da violência.
“É melhor ser alegre que ser triste” Alguma dúvida? Somos 50% responsáveis pela nossa felicidade, o resto vem no DNA. Felicidade nos genes: até 50% dos níveis de felicidade de cada
indivíduo seriam atribuídos aos seus genes. Pelo menos é o que sustenta a especialista da Universidade da Califórnia, Sonja Lyubomirsky, que se dedica a estudar o tema há 18 anos e escreveu o livro “A ciência da felicidade” (Editora Campus – Elsevier, 2008). Segundo a autora, somente 10% seriam relacionados a condições de vida, como riqueza e pobreza, saúde ou doença. Os demais 40%, sustenta a pesquisadora, são ligados a pequenas ações e gestos cotidianos.
“O que é esta faísca de felicidade
que me faz tremer, me dá forças?
Desculpem doces criaturas, eu
não tinha entendido, não sabia…
Como é justo aceitar, amar vocês,
e como é simples!
Sinto-me como que libertado.
Tudo me parece bom, tudo tem
um sentido, tudo é real!
Como eu gostaria de saber expl icar,
mas não sei dizer.
Pronto, tudo está de novo como
antes, tudo está confuso.
Mas esta confusão sou eu.
Eu como eu sou, e não como eu
queria ser, e não tenho medo de
dizer a verdade, aquilo que não
sei, que procuro e não achei.
Só assim vivo e posso olhar seus
olhos fiéis sem sentir vergonha.
A vida é uma festa, vamos vivê-la
juntos! Só sei dizer isto, a você e
aos outros. Aceite-me, se puder.”
(“fala” de Guido, personagem de
Marcell o Mastroianni em 8 e ½,
de Fellini)