A cada Editorial, um parto com fórceps… É esse mais o menos o pensamento que tenho quando me disponho a escrever sobre algo que deveria representar a opinião da revista Você+ Digital. Sim, porque deveria construir pensamentos de cunho informativo, jornalístico ou de entretenimento, mas que na maioria das vezes resvalam em imprevistos que desviam do seu objeto.

E se contraponha a mim, leitor, se discordar da conclusão a que cheguei ao ver um vídeo recente de um Ministro do STF, em festa deste final de semana. Se não me engano, abraçado e em plena confraternização com um jornalista celebrado, que integra renomada rede nacional de televisão. Pois é, ambos sem máscaras de proteção respiratória, em ambiente aparentemente fechado, enlaçados em efusivos abraços fraternais, sem pruridos ou qualquer outra preocupação com relação ao vírus que tanto abominam através de decretos vacinais ou de laudas e laudas jornalísticas. Completamente entregues às ondas da alegria e do divertimento sem culpas, o que em dias atuais foi definitivamente banido da cartilha do cidadão comum.

Sim, porque está aí e veio para ficar o tal do passaporte sanitário, que em suma contempla aquele celebrado aforisma: façam o que mando e não o que faço.

Citado Ministro, aliás, defende teses bastantes controversas, como praticamente deificar o criminoso sexual em série e condenado João de Deus e dar os seus melhores esforços advocatícios na defesa do terrorista Cesare Battisti, finalmente extraditado pelo Brasil e hoje amargando pena severa na Itália por ter cometido crimes hediondos.

Pandemia da hipocrisia, penso eu, é o que assola em grande parte essa nossa terra brasilis; porque mandar fazer o que eu falo e não o que eu faço termina por virar conversa rota e mal acabada, não é verdade?

A propósito, penso que o atual Presidente do Brasil poderia perfeitamente continuar a circunscrever as suas ações governamentais dentro das quatro linhas da Constituição, como alardeia, sem prejuízo de ao mesmo tempo impor que a respeitem.

A Constituição brasileira, referência maior da nação, perdeu, de um tempo para cá, a essência do seu significado maior e já não garante a inviolabilidade dos direitos e as liberdades básicas.

Pesos e contrapesos institucionais passaram a ser nada mais do que um jogo de retórica e isso, definitivamente, não é nada bom para o brasileiro comum.

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