Quando o rio Itapemirim voltou a ser navegado
REVISITANDO O CACHOEIRO ANTIGO
Domingos Cinotto e Antonio Santos, esportistas náuticos Cachoeirenses, tomaram a iniciativa de construir uma lancha com motor de automóvel.
No dia 25 de janeiro de 1935, à tarde, a embarcação foi batizada no estaleiro da própria oficina Cinotto, na rua 25 de Março, recebendo o nome de SÃO PEDRO, em homenagem, por certo, ao santo padroeiro da cidade.
No dia seguinte, domingo, a lancha SÃO PEDRO fez sua primeira viagem, descendo o Itapemirim até Barra do Itapemirim, em perfeita normalidade, levando como tripulantes Domingos Cinotto, Ormy Dessaune, Hércules Cinotto, Mário Chequer e Antõnio Gomes Ribeiro. Como passageiros levou o Dr. Waldemar de Oliveira, conceituado médico em Cachoeiro, sua Exma. Esposa e a Sta. Belmira de Oliveira.
Em Vila do Itapemirim foram festivamente recebidos e aclamados por grande número de pessoas que veraneavam em Marataizes.
No dia 9 de fevereiro seguinte, às 2 horas da tarde, a lancha partiu novamente para Barra do Itapemirim, recebendo 6 barcos do Yole, para uma animada regata no dia imediato – houve 9 páreos e correram 10 barcos. Foi por sinal, uma festiva manhã esportiva a que viveu a população da foz do rio Itapemirim.
Desse modo, a lancha SÃO PEDRO trazia à população ares do século XIX, quando o rio Itapemirim era navegado pelos vaporzinhos SÃO SIMÃO, CACHOEIRO e TRÊS DE ABRIL fazendo do Porto Baixo e do Porto de Cima lugares da cidade movimentados por passageiros e cargas.
Crédito ao Autor, Professor e Historiador Manoel Gonçalves Maciel.
Publicado originalmente em seu antológico livro ”Voltando ao Cachoeiro Antigo”, volume II, 1ª edição, página 164.
Garimpamos e publicamos essa matéria na Você+ Digital por autorização especial da sua filha Dra. Margareth.