Penso que se distancia da verdade quem atribui valor absoluto ao fato em si mesmo, sem agregar valores adjacentes à formula. Complico e já me apresso em explicar.

Por especial gentileza de Fernando Gomes e de Marcelo Grillo (leia-se Editora Cult), estaremos reproduzindo aqui documentário valioso, único, que reproduz um pouco do que foi a vida de Waldir Pingão, sua relação mágica com a sanfona – que muitos preferem denominar de acordeon – e, destaque do seu rico acervo de vida, amigos queridos que passo-a-passo trilharam com ele essa caminhada onde a música de qualidade sempre deu o tom maior.

Waldir não interpretava músicas, ele era a própria música. Aquelas reproduzidas com o coração e que em seus dedos no fole ganhavam status de divindade. Falo sem medo de errar ou de parecer pernóstico, porque com a autoridade de quem – de manhã, de tarde ou de noite; em dia de semana, sábado, domingo ou feriado; em Cachoeiro ou em Burarama, para onde, em comitiva, seguíamo com o pretexto de comprar cudeguinho, mas cujo alvo final era mesmo, sempre, a cachaça de qualidade e as horas infindáveis de boas músicas, tantas!, que o mago do fole já as tinha desde sempre gravadas no coração e na alma.

Falar mais sobre Waldir seria chover no molhado. Vamos deixar que esse clipe histórico mostre a mais pura essência dele mesmo: sua sanfona, suas músicas, seus amigos de fé – legião, na vida ou na morte, até hoje intocável – aqueles momentos mágicos que fizeram da vida de Pingão um referencial imaterial colado para sempre até a medula de Cachoeiro.

Fundamental aqui deixar consignados os nomes daqueles que tornaram possível a realização desse trabalho, registrando à perfeição tudo aquilo que Waldir Pingão deixou cravado na melhor das nossas lembranças:

Equipe Técnica

Direção, Entrevista e Roteiro:
DIEGO SCARPARO,
FERNANDO GOMES
e MARCELO GRILLO

Direção de Fotografia e Montagem
PAULO PARAIZO

Segunda Câmera e Som Direto
VILLINEVY KOPPE





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