Terezinha responde a 21 perguntas da revista VOCÊ+ DIGITAL
Terezinha Marques Ferreira Navarro ou simplesmente Terezinha, é uma personagem inserida na paisagem de Cachoeiro por um aspecto que se realça entre vários outros: ela cuida da sua imagem como poucas pessoas o fazem.
Pessoa de bem, generosa, cordial e que, principalmente, se ama e ama a vida a tal ponto que não se permite descuidar por um segundo sequer de alguns dogmas que considera essenciais à sua existência: a beleza, a elegância, o ballet, as pessoas e os seus bichos de estimação…
Muitos desse ativos não se revelam facilmente nas suas relações cotidianas, mas um… ah, esse ela não permite que não se mostre de corpo inteiro a cada passo que dá: os cuidados que dedica à “arte de se vestir e de se mostrar bela aos outros”, segundo sua própria definição.
Os elementos desta entrevista foram colhidos em uma tarde tranquila na área de alimentação do Shopping Cachoeiro, local que ela elegeu como o seu Panteon da Fama, lugar para fotografar e documentar o que, segundo ela, apresenta-se como o ápice da sua vida: vestir-se bem, alegrando a sua vida e a dos outros.
A revista VOCÊ+ DIGITAL tenta fazer dessas palavras uma imagem de corpo inteiro da Terezinha.
Seu nome completo, Terezinha?
Terezinha: Sim, tudo bem, pelo menos vamos tentar… Meu nome é Terezinha Marques Ferreira Navarro
Aonde nasceu?
Terezinha: Em Porto Velho (RO). Já morei no interior de São Paulo e em 1970 adotei Cachoeiro como minha cidade definitiva e do coração.
É casada? Tem filhos?
Terezinha: Sou viúva. Tenho três filhos: Sônia, Fátima e Kevin
Qual a sua idade?
Terezinha: 79 anos
Acha que já viveu muito?
Terezinha: Não o suficiente. Tenho ainda estradas a percorrer. Muitos planos. Amo fazer ballet e ainda quero dançar muito pela vida a fora…
O que gosta de fazer?
Terezinha: Vir ao Shopping Cachoeiro, ficar em casa, ir às compras… No Shopping tiro fotos de estilo e tomo uma cervejinha, sempre… Em casa, passo a vida em revista, leio e curto meu galo e meu gato
E o que ainda falta fazer?
Terezinha: Trocaria “o que ainda falta fazer” pelo “que gostaria de continuar fazendo”. Ir com habitualidade a Niterói ver a minha filha e lá pegar a barca, ir ao Rio, passear, fazer compras e pegar o ônibus de volta para Cachoeiro, que a d o r o! O Jaraguá também está incluído em meu roteiro permanente: gosto de ir lá para andar de patins. E o que não pode faltar é uma cervejinha diariamente.
Ah, tomo uma cachacinha também, sempre que posso…
Delícias que a vida lhe dá?
Terezinha: Saúde, saúde, saúde! E olha, Renato, nunca tive nem tenho nenhum tipo de dor ou de indisposição. Estou vivinha da silva! Quer um pequeno exemplo? No ballet consigo colocar o meu pé na barra (algo que se poderia chamar de varão para apoiar as mãos, mas também os pés e que fica a uma altura de aproximadamente 1 metro do chão) sem nenhum tipo de apoio ou de esforço. Considero isso um “recorde olímpico” para pessoas da minha idade (rsrs)
Mas no pacote também vêm entulhos, né?
Terezinha: Zero de entulhos. Ou melhor, tive um só: a perda do meu marido Afonso. Ele sempre me incentivou a fazer as coisas que eu gostava, como andar nua em minha casa ou estudar inglês (que eu amo). Ele repousa no Cemitério Parque de Cachoeiro. Em sua sepultura mandei colocar uma placa de metal e lá está inscrito: “Your light will shine forever. Rest in peace.” Ah, na placa fiz inserir também um QR code com um pouco da sua História de vida. Pensando bem, acho que já nasci imunizada contra a maioria dos problemas…
O que é Arte para você? Arte tem hierarquia?
Terezinha: Começo pelo final: Arte para mim é Arte. E não sei e nem quero defini-la. Eu apenas sinto a Arte, por todos os meus poros. Deus, quando fez o homem e a mulher, soprou-lhes dons que poderiam ser desenvolvidos ao longo da vida. Se a Arte tem hierarquia? Não, a Arte não pode ser hierarquizada. Cada tipo de Arte é superior em si mesma!
E vestir-se, é uma Arte?
Terezinha: Sim, certamente. Eu sei vestir e sei vestir-me também. Cada lugar, cada roupa. Eu me arrumo sempre (para mim não precisariam ter inventado o chinelo; não uso, não combina comigo). Cuido de vestir-me com esmero sempre: para ir a uma padaria ou a uma recepção de gala.
Defina acessórios na vestimenta
Terezinha: Para mim é T U D O! Eu não vivo sem acessórios: brincos, óculos, cordão com medalhas, luvas de renda, botinhas, meias arrastão, calcinhas e sutiãs sempre novos… E olha que combinar coisas também é uma Arte. Sem acessórios eu não me reconheço, sinto-me nua…
Vestir-se… há definição para o ato de?
Terezinha: Não saberia dizer. Da mesma forma que gosto de ficar nua em casa, adoro me vestir. Definir vestir-se? Não sei, visto-me como respiro: espontaneamente. Tudo é muito natural para mim…
O que não pode faltar em uma roupa e em um acessório seus?
Terezinha: A beleza, porque sem beleza na vida não dá, né? A beleza me encanta, encanta a vida… Sem a beleza a vida não existiria, seria um nada.
E o que você não usa, de jeito nenhum?
Terezinha: Chinelos… ah nunca usaria chinelos. E tem também aquelas saias com látex na cintura, que eu acho horríveis. Tenho dois conselheiros infalíveis que me orientam na Arte de vestir-me: a minha intuição e o meu espelho.
Para quem você se esmera tanto em vestir-se?
Terezinha: Para mim mesma, para os meus amigos, para as pessoas em geral, para a Vida… É a minha maneira de semear flores!
Há quem fale que a vida é uma imitação da Arte. Você concorda?
Terezinha: Plenamente: a Vida imita a Arte nos detalhes, o tempo todo…
Pessoas, bichos ou Arte? Você tem uma preferência? Justifique
Terezinha: Bichos! Sem maiores justificativas…
O Brasil enfrenta dualismos, tantos: político-ideológico, tratamento do vírus, riqueza e pobreza… Alguma boa saída a curto, médio ou longo prazos?
Terezinha: Não há saída previsível para esse tipo de questão. Tudo permanecerá assim enquanto houver o ser humano sobre a face da Terra, enquanto houver vida…
Você tem um álbum das suas fotos estilísticas? Poderia compartilhar algumas com o público da revista VOCÊ+DIGITAL?
Terezinha: Tenho sim, com dezenas de fotos. Gosto de revê-las com frequência. Claro, com prazer vou mandar algumas para você publicar.
E Deus? Defina
Terezinha: Ele é Tudo. É quem rege a minha vida, desde a minha saúde até a cor das minhas luvas… Ah e não esqueça de colocar aí: eu amo Cachoeiro!
Ah, eu gostaria de registrar uma mensagem de amor na qual muito acredito e que é atribuída ao médium Francisco Xavier:
“Se pudéssemos ter consciência de quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes“
Chico Xavier
Tere minha querida amiga vc é top das galáxias. Saudades das nossas aulas de ballet. Em breve estarei de volta, na ponta. Bj
Gostei muito da entrevista e da entrevistada.
Uau que entrevista linda,mulher de um espontaneidade que me impressiona. Amei conhecer lá.parabens
Vc e’ u’a Mulher admirável Terezinha!!! Após ler a sua entrevista, a minha admiração por vc se multiplicou!! “Qdo crescer quero ser igual a você!!” Meus Parabéns Admirável Amiga🌷Vc e’ simplesmente Incrivel!!!
Excelente entrevista , incrível oportunidade , parabéns Terezinha uma fonte de inspiração.