Eles chegam, sempre chegam… é de praxe que tempos difíceis acabem por chegar numa hora ou noutra.

Ocorre que em meu inconsciente sempre os associei figurativamente a um calendário bissexto, ocasional e também efêmero. Mas o que era raro e passageiro, agora, a partir da avassaladora onda da pandemia do Covid, parece que “embolou o meio de campo” e o caos chegou mesmo para baixar acampamento (como se dizia antigamente a respeito de situações com status de permanência), veio para ficar…

Já perdi a conta de quantas notícias muito tristes, começaram a fazer parte da nossa rotina. Não me lembro de nenhuma semana que não tenha vindo acompanhada de pelo menos um caso trágico, envolvendo pessoas que de uma forma ou de outra fazem ou faziam parte da nossa vida. Ativos preciosos, insubstituíveis, cada um a seu tempo e a seu modo.

Através dos meios de comunicação e também das pessoas, pontua uma ocorrência trágica atrás da outra. Hospitalização, enfermaria, UTI, intubação, traqueostomia, alimentação parenteral, ambulâncias em desabalada carreira e com suas sirenes ensurdecedoras… falecimentos! Nominar as vítimas? Não, seria cruel demais! Esses fatos, agora corriqueiros, passaram a fazer parte do cotidiano de cada um. Situações que antes ficavam restritas ao jargão médico, agora incorporaram-se ao dia-a-dia do cidadão comum.

Personalidades, parentes, amigos, conhecidos, vizinhos… parece que ninguém está livre da visita inesperada da eminência parda do cavaleiro do apocalipse. Ao contrário, tornamo-nos alvos frequentes de notícias trágicas. E não é apenas a pandemia que ganhou holofotes: acidentes, assaltos, assassinatos, suicídios não escolhem mais hora nem lugar para acontecerem… estão “pipocando” por aí a torto e a direito. Ninguém aguenta mais! 

Não conheço imunizantes convencionais que nos protejam do ataque frontal, direto e cruel dessas ocorrências pandêmicas que estão se tornando lugar comum nesses nossos tempos pós-modernos.

Eu, de minha parte, vou cerrando fileiras com a sabedoria contida naquela frase célebre de Shakespeare, a “de que há mais coisas entre o Céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia”.

E em assim sendo, de minha parte e com a mais absoluta Fé, continuarei depositando integralmente nas mãos de Deus a condução do meu destino.

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