Há um aforisma do qual já ouvi falar muito, mas que nos tempos atuais acho que anda um pouco fora de moda. Ele sentencia que palavras são palavras, nada mais do que palavras… Hoje, para mim, nada mais verdadeiro! Por favor, concordem ou discordem de mim: abro o debate.

Pois começo dizendo que por esses dias vi um vídeo que mostrava Hugo Chaves, sim, aquele da Venezuela e antes de decretar usucapião sobre ela, ainda moço, falando com todas as letras que quando assumisse a Presidência do país ele seria um democrata, amante da democracia plena, que as eleições em seu país seriam livres, que Cuba era uma ditadura mas impunha-se respeitar a autonomia e a vontade do seu povo e blá, blá, blá. Confesso, mudei de canal em menos de 2 minutos.

Na sequência, em outro vídeo, este atual, vi o Bolsonaro, veemente, afirmando que o Brasil está na iminência de perder um de seus maiores valores constitucionais: a liberdade. Assinalou, entre enfático e incrédulo, que no Brasil, pasmem, está para ser decretado um quarto poder, o “Poder Moderador”. Este, já avocado pelo STF, segundo declarações de alguns de seus integrantes em recente evento acadêmico privado em Portugal. Mas, como?!

Na mesma temporada de pronunciamentos, Lula esteve na Europa, foi recebido em Palácio pelo presidente francês Macron, reuniu-se com diversas outras lideranças europeias e lascou o cacete: que a Amazônia está ardendo em fogo; que por um lado o desmatamento  vai acabar com a mata nativa e, por outro, sua fauna e sua flora estão correndo sério risco de extinção; que a inflação no Brasil está batendo recordes assustadores; que o desemprego segue crescente; que o autoritarismo do governo federal tem alcançado índices alarmantes etc e tal. Para mim já deu, mudei de canal mais uma vez, antes que ele dissesse, dedo em riste, que o Covid 19 havia sido criado no reator nuclear de Angra dos Reis, por um certo capitão que reina por aqui…

Sabem, o que vejo nos tempos atuais aqui no Brasil é uma ditadura declarada do Judiciário – que investiga, julga e condena parlamentar com base em um “flagrante perpétuo”, sem a participação do Ministério Público e quando o liberta impede-o de falar à imprensa -; um Senado que senta em cima de pilhas de pedidos de impeachment contra os togados do STF e que prorroga sine die a votação para a indicação de um novo membro para completar a sua Corte; que cria e estimula uma CPI cujas atitudes arrepiam os mais elementares princípios da Ética e do Direito, além de nomear como seus Presidente e Relator parlamentares cujos prontuários fariam o Marcola parecer um menino de jardim de infância… 

A lista do quanto pior, melhor é interminável, mas a minha paciência não. Esse mi mi mi prá mim já deu e como disse lá no título, melhor falar em platitudes, que nem são lá tantas assim em terras brasilis

E, por falar nisso, o novo normal é fake? Cartas para a Redação.

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