Não tem jeito: há raros e diferenciados tipos de pessoas que já nascem com uma codificação peculiar em seu DNA, direcionando-as para certas aptidões na vida. Encurtando caminho para os nossos leitores, arrisco dizer que sob o nosso ponto de vista, Norma Ayub se inclui nessa exceção à regra. Nascida e tendo as suas raízes na bucólica “vila”, como ela mesmo faz questão de chamar o Município de Itapemirim, aquele pedaço de chão que à época incluía Marataízes, desde adolescente foi para Brasília e lá se identificou de pronto com o modo de ser e de viver da Capital da República. História pessoal intensa e… bem, propomos ao leitor que acompanhe a Entrevista e vivencie a vitoriosa trajetória de vida de Norma, por ela mesma.

Deputada Norma Ayub, apresente para os leitores da revista Você+ Digital os seus dados pessoais e familiares.

Nasci em Itapemirim, na minha “vila” como gosto de falar, época em que Marataízes ainda pertencia a esse Município. Passei minha infância e  juventude frequentando as suas praias maravilhosas, inesquecíveis… Adolescente ainda, fui estudar em Brasília, onde depois trabalhei como professora e servidora efetiva do Ministério da Fazenda, quando conheci o Deputado Ferraço, com quem me casei.

Retornei, então, ao Espírito Santo, onde iniciei minha carreira política. Primeiro em Cachoeiro de Itapemirim, como Secretária de Assistência Social, tendo realizado um trabalho Social que revolucionou a cidade. Em seguida, fui prefeita de Itapemirim, por duas vezes e, atualmente, estou no segundo mandato de Deputada Federal, pelo partido DEMOCRATAS.


Começar pelo começo, não é Norma? Como é viver e conviver com uma das mais expressivas personalidades políticas que Cachoeiro de Itapemirim já teve, Theodorico de Assis Ferraço?

Nestes anos todos de casada, é viver a cada dia um aprendizado diferente. Não apenas na vida política, como muitos podem pensar, mas um ensinamento permanente de vida, de solidariedade humana, de visão de futuro e de um profundo amor ao Espírito Santo, em especial a Cachoeiro de Itapemirim e ao Sul do Estado.

O legado do político Theodorico Ferraço é hoje um patrimônio que extrapola a si próprio. É um legado que diz respeito a todos nós, que o admiramos e a quem confiamos, ao longo dos anos, para nos representar, seja em Brasília, na Câmara Federal, seja na Assembleia Legislativa do Espírito Santo ou quando foi o “Prefeito do Século”, em Cachoeiro de Itapemirim.


Norma Ayub, a política é fruto de uma centelha própria que surgiu dentro de você, de alguma forma tudo se deu pela convivência com Ferraço ou um pouco de cada coisa?

Acredito que todas as hipóteses são verdadeiras e colaboraram muito para eu entrar na vida política. Foi um casamento perfeito da minha ansiedade de promover ações de apoio aos mais necessitados, em especial aos idosos, que sempre tive dentro de mim. Desde muito jovem, tive essa força de vontade de ajudar as pessoas, em ações de solidariedade, como herança dos meus pais. Ao conviver com Ferraço, entendi que podia fazer isso de forma sistematizada, e institucional através da sua força política, promovendo ajuda a coletividade, com adesão plena da sociedade cachoeirense. Assim nasceu a Norma Ayub política.  


Você tem uma experiência de vida com Brasília anterior ao seu mandato de Deputada Federal. Conte como aconteceu isso.

Fui muito nova para Brasília morar com meu irmão, para estudar e trabalhar. Comecei trabalhando no comércio, na loja da minha irmã e posso falar que fui também uma empreendedora naquela época. Desde cedo comecei a me sustentar pela força do meu trabalho. Estudei, fiz faculdade, fui lecionar e depois prestei concurso público para o Ministério da Fazenda, tornando-me Servidora Pública Federal.


Você teve uma votação expressiva para a Câmara Federal. Como foi a construção desse sucesso?

Eu acredito que todo meu crescimento político se deve a uma benção de Deus ao meu trabalho. Sem Deus me iluminando o caminho em cada momento dessa minha trajetória política, ela não seria a mesma. Em Cachoeiro de Itapemirim, trabalhei incansavelmente na Assistência Social como uma missão, porque foi com este propósito que me entreguei a esta causa. Em Itapemirim, fui Prefeita por dois mandatos, tentando fazer na cidade em que nasci o muito do que vi Ferraço fazer em Cachoeiro de Itapemirim, e assim tive a oportunidade de transformar aquele município. Acho que as pessoas observaram bem esta minha dedicação e este “espírito de missionária” ao qual me dediquei na política, com muita honestidade e transparência dos meus atos. Ser Deputada Federal passou a ser uma consequência natural.


Lembro-me de já ter ouvido de uma “raposa felpuda”, como são designados os políticos com larga experiência em Brasília, que os primeiros dias de mandato na Câmara ou no Senado “são de arrepiar”: um novato começando em territórios demarcados por cabeças coroadas. Conte como foi a sua experiência pessoal nesse aspecto? Realmente, o novato se sente mesmo meio perdido até conquistar “o seu próprio território de influência”?

Olha, tenho que confessar que essa é uma realidade comum e eu mesma tive muita dificuldade, e ainda tenho. Mas, como sempre me propus a fazer um trabalho sério, para o povo, lutando para as causas pelas quais eu acredito e sempre batalhei, que foram a saúde, os idosos e a defesa dos direitos da mulher, encontrei forças para enfrentar todas as barreiras, e buscar as soluções políticas para cada ação.  Desse jeito, quando você entra compromissado com uma causa nobre, você se impõe e conquista o seu espaço.


E dentro do seu Partido, o Democratas, foi difícil a sua ambientação pessoal e política? Como é conviver com os caciques de um Partido? Qual é a principal ferramenta para se atingir notoriedade própria em feudos tão disputados?

Da mesma forma que na Câmara Federal. As principais ferramentas são a honestidade e a fidelidade à sua própria consciência. Fazer tudo com transparência, ser honesto com as pessoas, com seus eleitores e com seus pares é um passo certo para o respeito e sucesso partidário. Além disso, nesta matéria o meu marido me dá aulas diariamente com o seu legado.


Quais foram as suas principais realizações na Câmara dos Deputados? Participa de alguma Comissão Especial?

Na Câmara, eu participo efetivamente como titular na Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa e na Comissão dos Direitos das Mulheres. Já conquistamos muito para esses dois segmentos. Também atuo como Suplente nas Comissões de Agricultura e de Direitos Humanos. Tenho trabalhado muito hoje no fortalecimento das Instituições de longa permanência dos idosos.   


E para uma Deputada conseguir verbas representativas para o seu Estado? É algo parecido com cumprir uma “via crucis” ou a representatividade política é um grande ativo? O que pesa mais?

Hoje as Emendas estão regulamentadas por lei. São impositivas no seu cumprimento pelo Governo Federal. O nosso trabalho é buscar projetos que se aproximam da “missão parlamentar”. Aqueles projetos que venham ao encontro do que acredito e que tenham credibilidade para execução. Procuro destinar recursos para o máximo de municípios possível, distribuindo uma fatia para que todos possam ter a oportunidade de promover uma igualdade social dos meus sonhos. Me considero uma parlamentar que procura representar todo o seu estado.


Indispensável o relacionamento permanente e de qualidade de um parlamentar federal com o Governador, Prefeitos e Vereadores do seu Estado, do seu domicílio eleitoral? Verbas, verbas, verbas parlamentares… demandas que não acabam nunca. Qual é a alquimia que um político tem que praticar, considerando-se que os interesses da população são praticamente os mesmos (saúde, educação, infraestrutura…) e as conveniências políticas na maioria das vezes se mostram tão díspares?

Já se diz que “política é a arte do diálogo” e todos sabem que no meio político nós temos discordâncias, desentendimentos, mas eu nunca me permiti colocar nenhuma questão pessoal acima do interesse coletivo. Meu mandato é, e sempre será, destinado para atender interesses da população e da sociedade em geral. Só será bom para mim se for bom para todos, independentemente, inclusive, se tenho que atender a municípios onde não tenho parcerias políticas. Já destinei emendas para hospital de Brasília e de Barretos, porque eles atendem pacientes do Brasil inteiro, como referências nacionais no atendimento e na gestão responsável dos recursos públicos.


Bandeira política é uma expressão consagrada no meio político. Quais são as suas, Deputada?

Bom, como eu disse e digo sempre, meu mandato é para o povo. Tudo aquilo que trouxer benefício para o povo será a minha bandeira. Mas, é claro que todos conhecem a minha atenção prioritária para a saúde pública e para os idosos. Não é nem bandeira, como já disse, é minha missão com o Espírito Santo!


Qual o seu projeto político hoje para as Eleições de 2022?

A política é sempre muito dinâmica. Mesmo estando a 1 ano das eleições temos que conversar permanentemente. Recentemente, o meu partido DEMOCRATAS decidiu se fundir com o PSL, de comum acordo com as nossas bases. Estamos aguardando o TSE homologar essa decisão partidária, para começarmos a executar o nosso projeto de promover uma reestruturação do desenvolvimento social em nosso país. É meu propósito participar intensamente nesta luta, agora no UNIÃO BRASIL-44, e para isso estou deixando meu nome à disposição das Executivas Nacional e Estadual, para novamente concorrer à Câmara Federal. Mas, respeitando o nosso calendário eleitoral, vamos conversar sobre isso no momento certo.


Deixe uma mensagem para os capixabas em geral e para a população do Sul do Estado em particular.

A minha mensagem ao povo capixaba é pedir muita reflexão neste momento político delicado que estamos vivendo. Estamos vivendo um período de muita insatisfação e radicalismo político de forma extrema. O Brasil precisa muito mais hoje de equilíbrio. Não é hora de impor decisões, é hora de expor soluções, debater e de buscar consensos. Não devemos defender pessoas, mas sim defender ideias, projetos e legados de democracia, solidariedade e compromisso com a sociedade construídos ao longo da vida pública. Precisamos defender os princípios basilares de uma gestão pública, como a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Deixo então essa mensagem de confiança num futuro para o nosso país, e para o nosso estado, construído com o diálogo e a solidariedade humana! Agradeço muito a todos os municípios, em especial ao Sul do Estado, que sempre confiaram em meu trabalho e me dedicaram enorme carinho. Obrigada a todos vocês, e um beijo no coração!!!

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1 comentário em “A REVISTA VOCÊ+ DIGITAL ENTREVISTA NORMA AYUB, DEPUTADA FEDERAL PELO ESPÍRITO SANTO

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